Comer rápido pode aumentar em até 2,5 vezes o risco de uma pessoa desenvolver diabetes tipo 2


Comer rápido pode aumentar em até 2,5 vezes o risco de uma pessoa desenvolver diabetes tipo 2, segundo pesquisa apresentada nesta segunda-feira no Congresso Internacional de Endocrinologia, em Florença, Itália. A velocidade com que uma pessoa ingere os alimentos já foi associada a outros problemas de saúde, como a obesidade, mas essa é a primeira vez que esse fator aparece diretamente relacionado ao desenvolvimento de uma doença.

Após ajustarem os resultados para outros fatores relacionados à diabetes, como histórico familiar, atividade física e tabagismo, os autores concluíram que aqueles que comiam mais rapidamente apresentaram 2,5 vezes mais chance terem diabetes tipo 2 do que as pessoas que demoravam mais para se alimentar. 

Os pesquisadores também entenderam que o hábito de comer mais rápido está associado a um maior índice de massa corporal (IMC) e a um menor nível de escolaridade.

Para chegar a essa conclusão, pesquisadores da Universidade Lituânia de Ciências da Saúde compararam 234 pessoas que haviam sido diagnosticadas recentemente com diabetes tipo 2 com outros 468 indivíduos que não tinham a doença. Todos os participantes responderam a um questionário sobre fatores de risco para diabetes, hábitos alimentares e peso e medidas do corpo. A velocidade com que eles comiam também foi avaliada, e classificada em lenta, normal ou rápida.

“A prevalência de diabetes tipo 2 está aumentando globalmente e pode se tornar uma pandemia mundial. A doença parece envolver uma interação entre fatores genéticos e ambientais. É importante identificar quais são os fatores de risco modificáveis”, diz Lina Radzeviciene, uma das autoras do estudo. De acordo com a pesquisadora, sua equipe pretende realizar mais estudos que ajudem a compreender como outros hábitos alimentares e estilo de vida contribuem para a diabetes.

DIABETES TIPO 2

Enquanto a diabetes tipo 1 ocorre pela falta da produção de insulina, na do tipo 2 a insulina continua a ser produzida normalmente, mas o organismo desenvolve resistência ao hormônio. É causada por uma mistura de fatores genéticos e pelo estilo de vida: 80% a 90% das pessoas que têm o tipo 2 da diabetes são obesas.

Fonte: veja

Distúrbios por Deficiência de Iodo - Hipotireoidismo



Os Distúrbios por Deficiência de Iodo – DDI - são fenômenos naturais e permanentes, que estão amplamente distribuídos em várias regiões do mundo. Populações que vivem em áreas deficientes em iodo sempre terão o risco de apresentar os distúrbios causados por esta deficiência, cujo impacto sobre os níveis de desenvolvimento humano, social e econômico são muito graves. 

A deficiência de iodo pode causar cretinismo em crianças (retardo mental grave e irreversível), surdo-mudez, anomalias congênitas, bem como a manifestação clínica mais visível – bócio (hipertrofia da glândula tireóide). Além disso, a má nutrição de iodo está relacionada com altas taxas de natimortos e nascimento de crianças com baixo peso, problemas no período gestacional, e aumento do risco de abortos e mortalidade materna.

Associada a esses problemas, a deficiência de iodo contribui para o aumento do gasto com atendimento em saúde e em educação, uma vez que incrementa as taxas de repetência e evasão escolar, e ainda proporciona a redução da capacidade para o trabalho. Portanto, direta ou indiretamente acarreta prejuízos sócio-econômicos ao país. Conseqüentemente, as estratégias dirigidas a controlar a deficiência de iodo, devem ser permanentes e fundamentalmente preventivas, especialmente quando se destinam às gestantes, nutrizes e crianças menores de dois anos de idade. 

As as causas dos Distúrbios por Deficiência de Iodo são :
  • Consumo de alimentos oriundos de solos pobres em Iodo
  • Uso de sal não iodado na alimentação
Função do Iodo

O Iodo é um micronutriente essencial para o homem e outros animais. Existe apenas uma única função conhecida do Iodo no organismo humano: ele é utilizado na síntese dos homônios tireoidianos (hormônios produzidos pela tireóide, uma glândula que se localiza na base frontal do pescoço): a triiodotironina (T4) e a tiroxina (T3). Estes hormônios têm dois importantes papéis: atuam no crescimento físico e neurológico e na manutenção do fluxo normal de energia (metabolismo basal, principalmente na manutenção do calor do corpo). São muito importantes para o funcionamento de vários órgãos como o coração, fígado, rins, ovários e outros. 

Promove o crescimento e o desenvolvimento normal do organismo;

Promove o crescimento e o desenvolvimento normal do cérebro;

Contribui para a saúde, mantendo em equilíbrio as funções do organismo;

Melhora a resistência às infecções;

Melhora a capacidade física e mental e, conseqüentemente, a aprendizagem e a produção no trabalho. 


deficiência de Iodo pode causar o hipotireoidismo, que é a produção insuficiente dos hormônios tireoidianos, podendo ocasionar cansaço, insônia, pele seca, intolerância à temperaturas frias, depressão, bradicardia (coração bate mais devagar), intestino preso, ganho de peso, aumento de colesterol no sangue, menstruação irregular (com parada de ovulação) na mulher, dentre outros. O hipotireoidismo em crianças pequenas, é causa de retardo mental e do crescimento pois os hormônios da tireóide são essenciais para o desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso. Nos recém-nascidos, é particularmente grave, uma vez que produz retardo mental permanente e severo (hipotireoidismo neonatal). 


Alimentos  ricos em Iodo:

Os principais alimentos ricos em Iodo são os alimentos de origem marinha (ostras, moluscos e outros mariscos e peixes de água salgada);

Leite e ovos também são fontes de Iodo, desde que oriundos de animais que tenham pastado em solos ricos em Iodo ou que foram alimentados com rações que continham o nutriente;

Vegetais oriundos de solos ricos em Iodo também são boas fontes.

Como uma estratégia para suprir a necessidade de Iodo pelas populações, diversos países adotam a iodação do sal para consumo humano (sal de cozinha). Embora não se deva consumir sal em excesso, porque ele pode trazer prejuízos para a saúde, o seu consumo moderado e diário é essencial para que a necessidade de Iodo seja suprida. Não usar sal iodado (sal enriquecido com Iodo) ou usar o sal para consumo animal (cujo teor de iodo não atende às necessidades do homem) pode ocasionar os Distúrbios por Deficiência de Iodo.

Orientações para o uso do sal iodado:

Ao comprar o sal, observe no rótulo se ele é iodado;

Se você faz tempero caseiro ou tempero completo em casa, USE SEMPRE O SAL IODADO na mistura. Faça em pequenas quantidades e não guarde na geladeira;

Se você compra tempero completo, PROCURE VARIAR usando também o sal iodado. Não há garantia de que a fábrica usou o sal iodado para fazer este tempero;

Ao comprar o sal iodado, prefira aquele com maior prazo de validade, pois caso esteja vencido, ocorre prejuízo da qualidade do iodo;

Ao armazenar o sal iodado em casa, coloque-o sempre em local fresco e ventilado, longe do calor. Evite colocá-lo perto do fogão a gás ou a lenha, pois o calor pode prejudicar a qualidade do iodo;

Ao abrir o saco do sal iodado, não retire o sal desta embalagem, mas sim o coloque dentro de um pote ou vidro com tampa, mantendo-o sempre fechado;

Não coloque o pote de sal iodado na geladeira;

Mantenha o sal iodado longe de locais úmidos e não coloque colheres molhadas dentro da embalagem. A umidade pode prejudicar o teor do iodo. 

Recomendações dietéticas de Iodo (segundo RDA)


Estágio de VidaIdadeRecomendação

Bebês0 a 6 meses40 mg
6 meses a 1 ano50 mg
Crianças1 a 3 anos70 mg
4 a 6 anos90 mg
7 a 10 anos120 mg
Homens> 11150 mg
Mulheres>11 anos150 mg
Gestantes175 mg
LactantesPrimeiros 6 meses200 mg
Segundos 6 meses200 mg

Fonte: Ministério da Saúde

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